quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Agradecimentos

Muito obrigado torcedor

Faça Chuva ou faça sol, lá estava o torcedor apoiando o time. Freqüente nos jogos do Avaí neste ano, nem a chuva afastou o torcedor da Ressacada, e foram em grande parte deles. Uma média de público alta, nem o tempo feio impedia a presença aos avaianos nas arquibancadas. Mesmo nos tempos difíceis, quando o time chegava a reta final e deixava escapar a tão sonhada vaga, a desconfiança do quase, a torcida do Avaí continuou acreditando. Quem não lembra de 2004, quando o Brasiliense ajudou ao Avaí, derrotando o Bahia em Salvador, mas perdeu por 2 a 0 do Fortaleza e ficou de fora da Série A em 2005. No ano seguinte, a eliminação para o Criciúma nas semi-finais do estadual, e a péssima campanha na segunda fase, perdendo os 6 jogos e terminando a Série B na 8ª colocação. Em 2006, apesar da derrota para o Sport na estréia, o Avaí chegou ao período de recesso para a Copa do Mundo na liderança. Quando as coisas pareciam melhorar, o time caiu de rendimento no segundo turno e por pouco não foi rebaixado. Na temporada seguinte, logo na estréia foi goleado pelo Vitória em Salvador, lutando durante toda a competição contra o rebaixamento, escapando na última rodada com uma goleada sobre o Ituano em Florianópolis. Aí veio 2008. Cobranças dos torcedores, que exigiam uma equipe competitiva. Reverenciado pelo rival Figueirense, com a frase “Fica Zunino”, o presidente avaiano sofreu pressão de parte dos torcedores, que pediam sua saída imediata do clube. Mas Zunino decidiu ficar e deu a volta por cima. As organizadas do Avaí também merecem destaque, Mancha Azul, apesar dos problemas extra campo, Raça Azul, Leões do Vale e Leões da Ilha deixaram de lado as diferenças de opinião e desde o início lutaram junto com o time da raça. As músicas das arquibancadas, vamo vamo Avaí, e ninguém cala esse nosso amor, vai pra cima deles leão, e o hino do clube, eram cantados durante os jogos. Mesmo quando estava perdendo os jogos, o torcedor empurrava como se o time estivesse ganhando o jogo, o que foi marcante. O coro “vamo vamo Avaí” era o mais cantado quando os adversários saíam na frente. Logo na primeira partida, disputada sob chuva durante boa parte do segundo tempo, o Avaí goleou o Guarani da Palhoça por 5 a 0 e mostrou que vinha para levar o título. Os resultados fora de Florianópolis também eram bons, mas a goleada sofrida contra o Figueirense e a derrota por 3 a 2 contra a Chapecoense, quando vencia por 2 a 0 faltando pouco mais de 10 minutos para encerrar o jogo, ambas na Ressacada, mais uma vez deixava o torcedor apreensivo, vendo o filme dos anos anteriores. No turno, o Figueirense se aproveitou dos tropeços de Avaí e Criciúma para levar o título. No segundo turno, após somar 5 pontos em 4 jogos, Sérgio Ramirez foi demitido, dando lugar a Paulo Silas, que com 6 vitórias e o empate contra o Criciúma na Ressacada, quase levou o Avaí a decisão. Com uma campanha regular, o técnico Silas caiu nas graças do torcedor. No returno, o Avaí novamente obteve resultados bons jogando fora da Ressacada, como as goleadas sobre o Joinville por 3 a 0 no norte do estado, 6 a 0 sobre a Chapecoense no oeste, e a vitória sobre o rival Figueirense por 2 a 0 em pleno Orlando Scarpelli. Mas o returno ficou com o Criciúma. Mas a equipe do sul do estado deixou escapar pelo segundo ano seguido o título jogando diante do torcedor. Na primeira partida em Florianópolis, 1 a 0 Figueirense, e na segunda, o tricolor virou e venceu o Figueira por 3 a 1, mas perdeu por 1 a 0 na prorrogação, ficando com o vice-campeonato. A boa campanha no catarinense deixou o torcedor otimista para a disputa da Série B. E logo na estréia, venceu o Paraná por 1 a 0 em Curitiba. Com uma boa seqüência de resultados, o Avaí se manteve desde o início entre os primeiros colocados, enquanto o Corinthians ia se distanciando dos demais. A primeira derrota veio contra o Bahia, em Feira de Santana. Contra o Corinthians, na Ressacada, o gol mais bonito da disputa veio com Evando, um dos ídolos da torcida, fez um gol de bicicleta, garantindo o empate. Na abertura do returno, foi a vez de Eduardo Martini marcar o famoso gol do vento sul, quando foi repor a bola em jogo, ela quicou e encobriu o goleiro paranista. Mesmo sem repetir a campanha do returno, conseguiu venceu ao Gama por 3 a 0 fora de casa, e conseguiu a vaga na Série A faltando 3 rodadas, com a vitória sobre o Brasiliense, gol de Evando, aproveitando uma falha do goleiro. Depois de perder para Corinthians e Bragantino em território paulista, o Avaí se despediu da Série B contra o São Caetano na Ressacada. Mesmo saindo na frente, o Avaí saiu perdendo por 2 a 1 na primeira etapa, mas no fim do jogo, Willian empatou o jogo, mantendo a equipe invicta na Ressacada. Funcionário da Keko Pastelaria, no Centro de Florianópolis, o torcedor Leonardo dos Santos disse que no próximo ano estará estendendo a bandeira do Avaí no Maracanã. “O Avaí vai mostrar qual é a maior torcida do estado”, afirmou.


Torcedor promete estender a bandeira do Avaí no Maracanã
Foto: Diego Wendhausen Passos


Entrevistado nesta série de encerramento do blog, Leonardo vai nos contar sobre os jogos que acompanhou do Avaí.

Diego Wendhausen Passos:
Desde que ano você acompanha os jogos do Avaí?


Leonardo dos Santos:
Desde 1991


Diego Wendhausen Passos:
Nem só de alegrias vive um clube, tanto que em 1993 o Avaí foi rebaixado para a segunda divisão do estadual. Como foi esse período?


Leonardo dos Santos: Foi difícil agüentar as gozações dos adversários.

Diego Wendhausen Passos: Em 1997 e 1998 o Avaí comemorou o título do catarinense e o Brasileiro da Série C, respectivamente. Qual deles foi o mais marcante?

Leonardo dos Santos: Depois de 4 anos veio a nossa glória, Avaí campeão Catarinense em 1997 e Brasileiro da Série C em 1998. O mais marcante deles foi a conquista da Série C, quando o time do Avaí parou Floripa.

Diego Wendhausen Passos: De 1999 até este ano, o Avaí disputou a Série B, e, durante boa parte desse tempo, o Figueirense dominou o futebol no estado, enquanto os avaianos amargaram períodos de insucesso. Qual foi a importância do torcedor nesses anos, vendo o clube fracassar em algumas decisões?

Leonardo dos Santos: Em 1999 fomos vergonhosamente roubados na decisão, com um gol mal anulado que o senhor Margarida não deu. Em 2004, foi frustrante, por 1 gol fomos eliminados.

Diego Wendhausen Passos: Neste ano, antes do jogo contra a Ponte Preta, você disse que no próximo ano estará estendendo a bandeira do Avaí no Maracanã. Você pretende ir a outros jogos do Avaí pelo Brasil?

Leonardo dos Santos: Vamos invadir o Maracanã e o Brasil a fora, Leão na Série A.

Diego Wendhausen Passos: O que você espera do clube no próximo ano?

Leonardo dos Santos: Um time competitivo, garra e raça. Só alegrias. Espero que o Avaí busque uma vaga na Copa do Brasil e na Sul-Americana.

sábado, 29 de novembro de 2008

Avaí se despede com empate da Série B

O Avaí empatou com o São Caetano em 2 a 2 na última rodada da Série B, perdendo o vice-campeonato para o Santo André, que venceu o Paraná ontem, por 3 a 1. Mesmo assim, a equipe de Florianópolis terminou a competição sem perder na Ressacada.

Jogadores fazendo aquecimento
Foto: Diego Wendhausen Passos


Primeiro tempo disputado

O Avaí diputou a etapa inicial de camisa amarela, feita em homenagem ao acesso para a elite. Ambas equipes tiveram boas chances de gol, mesmo com a chuva. Os avaianos puderam comemorar logo aos 4 minutos, quando Arlindo Maracanã escorou de cabeça a cobrança de falta, abrindo o marcador. A vantagem durou apenas 6 minutos, quando Luan empatou o jogo para o São Caetano. O time paulista virou o jogo aos 37, quando Finazzi recebeu sozinho a cabeceou para o gol vazio, deixando os visitantes na frente.

Gol no fim evita derrota

Nem a chuva desanimou o torcedor avaiano, que incentivou durante toda a segunda etapa. Buscando um resultado melhor, o Avaí foi para cima, criando mais oportunidades que o São Caetano, e o empate veio aos 42 minutos, quando a bola parou na poça e William chutou no canto, mantendo a invencibidade do Avaí na Ressacada nesta Série B.

Ficha Técnica: Futebol Interior, Avaí 2 x 2 São Caetano

Avaí 2 x 2 São Caetano

Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis–SC

Renda: R$ 51.410,00

Público: 8.724 pagantes

Árbitro: Leandro Pedro Vuaden–RS

Cartões amarelos: André Turatto e Wendell (Avaí); Leonardo, Finazzi e Luan (São Caetano)

Gols: Arlindo Maracanã aos 4’/1T e Willian aos 42'/2T (Avaí); Luan aos 10’/1T e Finazzi aos 37’/1T (São Caetano)

Avaí: Eduardo Martini; André Turatto, Rafael e Fábio Fidélis; Arlindo Maracanã, Wendell (Gustavo)), Marcos Paulo (Rafael Costa), Válber (Cleberson) e Odair; Evando e William.
Técnico: Paulo Silas.

São Caetano: Luiz; Leonardo, Marco Aurélio, Júlio César (Dedé) e Andrezinho; Tobi, Ademir Sopa, Gerson (Lino) e Luan; Finazzi e Vandinho (Diogo).
Técnico: Osvaldo Alavrez.

sábado, 22 de novembro de 2008

Avaí perde na festa do Corinthians

Jogando no Pacaembu, o Avaí perdeu por 3 a 2 e viu o Corinthians abrir 19 pontos de vantagem sobre o Avaí na liderança da Série B.

Primeiro tempo movimentado

Mesmo sendo um jogo para cumprir tabela, o Avaí foi a São Paulo em busca dos três pontos. Em cinco minutos de jogo, já estava 1 a 1. Aos 3 minutos, Herrera recebeu e tocou por entre as pernas de Eduardo Martini. Logo depois, aos 5, André Turatto desviou de cabeça a cobrança de escanteio para empatar novamente. Herrera, aos 37, recebeu de Dentinho e deixou novamente os corinthianos na frente.

Confusão e expulsões na etapa final

Com mais dois gols, um de André Santos, aos 29, e de Marcus Winícius, aos 39, aproveitando um desvio da defesa, o destaque do segundo tempo foi a confusão generalizada após uma entrada de carrinho de Batista em cima de Elias. Depois de socos e ponta pés, foram dois jogadores expulsos de cada lado. Marquinhos e Batista, pelo Avaí, e Elias e Morais, pelo Corinthians.

Com a vitória, o Corinthians aproveitou para receber o troféu de campeão da Série B e dar a volta olímpica pelo estádio Pacaembu.

Na última rodada, o Avaí recebe o São Caetano em Florianópolis, enquanto o Corinthians enfrenta o América-RN em Natal.

Ficha Técnica: Futebol Interior, Corinthians 3 x 2 Avaí

Corinthians 3 x 2 Avaí

Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo-SP
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez-RJ
Público: 32.774 pagantes
Renda: R$ 679.850,00
Cartões Amarelos: Cristian, Herrera e William (Corinthians); Marcus Winícius, Gustavo, Abuda e Joélson (Avaí)
Cartões Vermelhos: Morais, Elias e Chicão (Corinthians); Marquinhos e Batista (Avaí)
Gols: Herrera aos 3’/1T e aos 37’/1T, e André Santos aos 29’/2T (Corinthians); André Turatto aos 5’/1T e Marcus Winícius aos 39’/2T (Avaí)

Corinthians
Felipe; Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian, Elias, Douglas (Wellington Saci) e Morais; Dentinho (Bebeto) e Herrera (Carlos Alberto).
Técnico: Mano Menezes.

Avaí
Eduardo Martini; Gustavo (Joélson), André Turatto, Rafael e Arlindo Maracanã; Marcus Winicius, Batista, Marquinhos e Válber (Wendel); Evando e William (Abuda).
Técnico: Paulo Silas.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Reformas na Ressacada

A última parte da reportagem é com a Assessoria de Imprensa do Avaí, que nos contou sobre as reformas que serão feitas no Estádio da Ressacada. Com capacidade para poco mais de 12 mil pessoas, não possui o mínimo permitido pela Confederação Brasileira de Futebol, que exige 15 mil lugares, o palco dos jogos da equipe avaiana precisará de reformas para aumentar o espaço dos torcedores.

Alceu Atherino falou sobre as mudanças que serão feitas no estádio para receber os jogos do Avaí na Série A do Campeonato Brasileiro.

Diego Wendhausen Passos: Na Série A, a capacidade mínima para os estádios é de 15 mil pessoas, e na Ressacada, é pouco mais de 12 mil. Quais serão as principais reformas que o Avaí fará no estádio, visando o mínimo pela CBF?

Alceu Atherino: Ela vai subir 10 degraus acima e 5 degraus abaixo (atrás dos gols) para fechar o anel do estádio, aumentando a capacidade para cerca de 26 mil lugares.

Arquibancadas ganharão mais degraus para fechar o anel atrás dos gols
Foto: Diego Wendhausen Passos

Diego Wendhausen Passos: Problema constante na Ressacada, o trânsito causa inúmeros transtornos aos motoristas que utilizam as vias de acesso nos dias de jogo do Avaí. Como o clube está trabalhando nesta situação?

Alceu Atherino: O clube está sensibilizando o governo de forma a realizar estas obras, no caso a finalização da Via Expressa Sul, até o trecho do Aeroporto, duplicando o trecho de acesso ao estádio.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Crescimento nas vendas de produtos do Avaí

A segunda parte das reportagens vai mostrar o aumento nas vendas de produtos licenciados pelo Avaí.

Desempenho em 2008 aumentou vendas de produtos licenciados da marca Avaí

Mesmo nos momentos difíceis que o Avaí viveu no Brasileiro do ano passado, quando brigou até a última rodada contra o rebaixamento à Série C, o torcedor marcou presença, cantou, vibrou, cobrou e empurrou o time, que conseguiu permanecer na segunda divisão. Neste ano, após muita cobrança, o Avaí montou uma equipe competitiva e esteve na disputa até o jogo decisivo contra o Criciúma na última rodada, quando a equipe do sul do estado assegurou o empate e a vaga na decisão contra o Figueirense. Depois de bobear contra a Chapecoense no 1º turno e deixando escapar um título quase assegurado, o Avaí não começou bem o returno, somando 5 pontos nos 4 primeiros jogos. Assim, Sérgio Ramirez foi demitido, dando lugar a Paulo Silas, que ainda não perdeu na Ressacada. Com 6 vitórias e 1 empate, a equipe da capital ficou 1 ponto atrás do Criciúma, que terminou sem derrota a segunda fase. Silas rapidamente conquistou a confiança do torcedor avaiano e obteve vitórias significativas principalmente fora de Florianópolis, como os 3 a 0 no Joinville, 6 a 0 na Chapecoense em partida disputada sob chuva e a vitória por 2 a 0 sobre o Figueirense no Estádio Orlando Scarpelli. Com boas atuações, o torcedor e a opinião pública apostavam na possibilidade do acesso. Com a base mantida, o Avaí venceu o Paraná em Curitiba logo na estréia. Depois de uma série de empates, a equipe azurra conseguiu bons resultados se mantendo entre os líderes e com uma boa regularidade. Animado, os torcedores marcaram presença em todos os jogos, mesmo quando chovia. Na chuva, grandes vitórias sobre os adversários. Mesmo assim, passava pela cabeça de muitos o filme do "quase", pelas sucessivas falhas avaianas na parte final dos campeonatos. Mas desta vez a equipe manteve os pés no chão, a direção trazia novos jogadores quando outros saíam, mantendo a base do início da temporada. Vandinho foi para o Flamengo e Evando retornou após um ano no exterior. O primeiro foi o artilheiro enquanto esteve, o segundo herói na caminhada, ao lado de Marquinhos. Gols memoráveis de Evando levantaram o torcedor, como a bicicleta contra o Corinthians, contra a Ponte Preta, quando matou no peito e tocou na gaveta, e a sorte contra o Brasiliense, no frango do goleiro Guto, que deu ao Avaí a vaga de forma antecipada para a elite, com três rodadas de antecedência. Os resultados ajudaram também a procura por produtos licenciados do Avaí no comércio.

Lojistas confirmam bom número de vendas

Inaugurada em agosto deste ano, a loja Avaí Store está aproveitando a fase da equipe da Ressacada e vem obtendo bons resultados. “A nossa loja foi inaugurada dia 2 de agosto em um mom
ento bom, e a partir dali o time foi ficando cada vez mais próximo do acesso e as vendas aumentaram muito”, disse Bruno Koerich, funcionário da loja, que chegou a ficar sem mercadoria devido a grande procura dos torcedores. “No jogo contra o São Caetano, na última rodada, esperamos um aumento nas vendas”, completou.

Loja do Avaí na Ressacada
Foto: Diego Wendhausen Passos


No centro da cidade, as lojas esportivas também tiveram um aumento nas vendas em relação ao ano passado. Rafael Martins, da Pieri Sport, frisou que as vendas de produtos do Avaí aumentaram 60% em comparação ao mesmo período no ano passado, motivada pela boa campanha e o acesso à primeira divisão. Lindomar Gonçalves, da Futebol Mania, ressaltou que as vendas cresceram entre 30 a 40%, a maioria delas, camisas.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Entrevista com Gabriel Garcia

A série de reportagens sobre o acesso do Avaí à elite do futebol brasileiro inicia entrevistando o torcedor Gabriel Garcia, que comentou a campanha da equipe de Florianópolis na disputa e os 20 anos da conquista do catarinense de 1988. Formado em Jornalismo pela Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina, Gabriel Garcia acompanha quase todos os jogos do Avaí na Ressacada. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso, elaborou em conjunto com Felipe Koerich um documentário sobre a conquista de 1988 da equipe celeste.


Gabriel Garcia, Rodrigo Cunha, Diego Linhares e Vinicius Farinhaque

Diego Wendhausen Passos: Marcado nos últimos anos pela síndrome do quase, o Avaí se estruturou e desde a disputa do campeonato estadual foi competitivo, mantendo a base para a disputa da Série B, que levou o time de volta a elite depois de 29 anos. Na sua opinião, qual foi o fator decisivo para o acesso?

Gabriel Garcia: As parcerias sem dúvida, todo o suporte dado pela L.A Sports e a Traffic são importantíssimos, o clube vem se estruturando sim, mas sem essas parecerias acredito que seria quase impossível montar um time tão competitivo, não digo que seria impossível conseguir o acesso, mas com certeza teríamos muito mais dificuldades.

Diego Wendhausen Passos: Mesmo em má fase, o torcedor avaiano esteve presente incentivando e empurrando a equipe em campo, principalmente nos jogos em Florianópolis. O torcedor avaiano teve participação nesta caminhada?

Gabriel Garcia: Sem dúvida no ano de 2007 o Avaí quase foi rebaixado, acredito sinceramente que foi graças a torcida que não foi. Ela se uniu em prol do time e por mais que os jogadores errassem o apoio era incondicional. Eram quatro mil, cinco mil torcedores fazendo festa todos os jogos, me recordo que no jogo Avaí e Gama o Avaí venceu com um gol no final e com muita dificuldade, estava com alguns amigos conversando com os jogadores do Gama lá na sua saída e eles falaram: Quem venceu o jogo foi a torcida, vocês tem um time horrível aqui e empurraram até o final. Resumindo acredito que aí começou a participação efetiva do torcedor avaiano que no grito não permitiu que seu time fosse rebaixado.

Diego Wendhausen Passos: Depois de passar a fase de classificação pelo índice técnico, o Avaí superou o favoritismo de Criciúma e Joinville, conquistando o título. Como surgiu a idéia de criar o documentário?

Gabriel Garcia: Queríamos fazer algo sobre o Avaí esta era nossa (Felipe Koerich) única certeza, ficamos umas duas semanas em pleno mês de janeiro discutindo isso, pensamos em fazer o título de 98 da série C, mas chegamos a conclusão que o time de 88 embora só tenha conquista o estadual era muito superior daí a escolha do tema, já a escolha na mídia (rádio) se deu porque queríamos que o torcedor que ouvisse se sentisse dentro do campo com o “raidinho” no ouvido.
Comecei a freqüentar o Estádio da Ressacada com uns 11, 12 anos quando ia com o pai de um amigo, mas comecei ir com freqüência em 98, o time já vinha embalado do título Estadual de 97 eu com meus 16 anos começara a ir para os jogos sozinho sem depender dos outros e a partir de 2005 me associei e de lá pra cá perdi pouquíssimos jogos na Ressacada, inclusive acompanhando o time em muitos jogos fora de casa, o último jogo que perdi foi na véspera da apresentação do TCC estava gripado e chovia muito, fiquei com medo de ir no jogo e não ter condições de apresentar o Trabalho.

Confira as três partes do Trabalho de Gabriel Garcia e Felipe Koerich

AVAÍ 1988: UMA CONQUISTA INESQUECÍVEL - Parte 1


AVAÍ 1988: UMA CONQUISTA INESQUECÍVEL - Parte 2


AVAÍ 1988: UMA CONQUISTA INESQUECÍVEL - Parte 3

sábado, 15 de novembro de 2008

Avaí perde em Bragança Paulista

De volta à elite, o Avaí levou o time misto para o interior de São Paulo e foi derrotado por 3 a 2, no Estádio Marcelo Stefani. O Bragantino segue com chances de conquistar a 4ª vaga, já que o Santo André assegurou a 3ª vaga com a derrota do Vila Nova contra o Corinthians na capital paulista.

Equipe da casa fez 3 a 0 na etapa inicial

Mesmo perdendo um pênalti com Nunes, o Bragantino saiu do primeiro tempo vencendo por 3 a 0. No lance da expulsão de Jef Silva, Sérgio Manoel de falta abriu o placar em favor do time da casa, aos 30 minutos. Moradei, aos 33, e Nunes, aos 36, o mesmo que havia perdido uma penalidade, ampliaram para o time de Bragança Paulista.

Mesmo reagindo, Avaí não conseguiu evitar derrota

Com um gol de pênalti aos 29 minutos, Joelson marcou pela primeira vez desde que voltou ao time da Ressacada, e Rafael Costa, aos 40, descontaram para o Avaí, mas não evitaram a derrota para os paulistas.

Na próxima rodada, o Avaí enfrenta o Corinthians na capital paulista, enquanto o Bragantino recebe o Fortaleza em casa.

Ficha Técnica: Futebol Interior, Bragantino 3 x 2 Avaí

Bragantino 3 x 2 Avaí

Local: Estádio Marcelo Stefanni, em Bragança Paulista–SP
Público: 945 pagantes
Renda: R$ 7.916,00
Árbitro: Álvaro Azeredo Quelhas–MG
Cartões amarelos: Gustavo e Kadu (Bragantino); Michel e Jef Silva (Avaí)
Cartões vermelhos: Jef Silva (Avaí)
Gols: Sérgio Manoel aos 30’/1T, Moradei aos 33’/1T e Nunes aos 36’/1T (Bragantino); Joelson aos 29’/2T e Rafael Costa aos 40’/2T (Avaí).

Bragantino
Gilvan; Cesar Gaúcho, Gustavo (Kadu) e Anderson Lima; Nego, Moradei, Danilo Bueno (Diogo), Malaquias e Sérgio Manoel; Nunes e Davi (Cilinho).
Técnico: Marcelo Veiga.

Avaí
Douglas; Michel (Zé Rodolfo), Rafael e André Turatto e Jef Silva; Wendel, Marcos Paulo (Gustavo), Odair e Joélson; Abuda (Thiago) e Rafael Costa.
Técnico: Paulo Silas.