terça-feira, 18 de novembro de 2008

Entrevista com Gabriel Garcia

A série de reportagens sobre o acesso do Avaí à elite do futebol brasileiro inicia entrevistando o torcedor Gabriel Garcia, que comentou a campanha da equipe de Florianópolis na disputa e os 20 anos da conquista do catarinense de 1988. Formado em Jornalismo pela Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina, Gabriel Garcia acompanha quase todos os jogos do Avaí na Ressacada. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso, elaborou em conjunto com Felipe Koerich um documentário sobre a conquista de 1988 da equipe celeste.


Gabriel Garcia, Rodrigo Cunha, Diego Linhares e Vinicius Farinhaque

Diego Wendhausen Passos: Marcado nos últimos anos pela síndrome do quase, o Avaí se estruturou e desde a disputa do campeonato estadual foi competitivo, mantendo a base para a disputa da Série B, que levou o time de volta a elite depois de 29 anos. Na sua opinião, qual foi o fator decisivo para o acesso?

Gabriel Garcia: As parcerias sem dúvida, todo o suporte dado pela L.A Sports e a Traffic são importantíssimos, o clube vem se estruturando sim, mas sem essas parecerias acredito que seria quase impossível montar um time tão competitivo, não digo que seria impossível conseguir o acesso, mas com certeza teríamos muito mais dificuldades.

Diego Wendhausen Passos: Mesmo em má fase, o torcedor avaiano esteve presente incentivando e empurrando a equipe em campo, principalmente nos jogos em Florianópolis. O torcedor avaiano teve participação nesta caminhada?

Gabriel Garcia: Sem dúvida no ano de 2007 o Avaí quase foi rebaixado, acredito sinceramente que foi graças a torcida que não foi. Ela se uniu em prol do time e por mais que os jogadores errassem o apoio era incondicional. Eram quatro mil, cinco mil torcedores fazendo festa todos os jogos, me recordo que no jogo Avaí e Gama o Avaí venceu com um gol no final e com muita dificuldade, estava com alguns amigos conversando com os jogadores do Gama lá na sua saída e eles falaram: Quem venceu o jogo foi a torcida, vocês tem um time horrível aqui e empurraram até o final. Resumindo acredito que aí começou a participação efetiva do torcedor avaiano que no grito não permitiu que seu time fosse rebaixado.

Diego Wendhausen Passos: Depois de passar a fase de classificação pelo índice técnico, o Avaí superou o favoritismo de Criciúma e Joinville, conquistando o título. Como surgiu a idéia de criar o documentário?

Gabriel Garcia: Queríamos fazer algo sobre o Avaí esta era nossa (Felipe Koerich) única certeza, ficamos umas duas semanas em pleno mês de janeiro discutindo isso, pensamos em fazer o título de 98 da série C, mas chegamos a conclusão que o time de 88 embora só tenha conquista o estadual era muito superior daí a escolha do tema, já a escolha na mídia (rádio) se deu porque queríamos que o torcedor que ouvisse se sentisse dentro do campo com o “raidinho” no ouvido.
Comecei a freqüentar o Estádio da Ressacada com uns 11, 12 anos quando ia com o pai de um amigo, mas comecei ir com freqüência em 98, o time já vinha embalado do título Estadual de 97 eu com meus 16 anos começara a ir para os jogos sozinho sem depender dos outros e a partir de 2005 me associei e de lá pra cá perdi pouquíssimos jogos na Ressacada, inclusive acompanhando o time em muitos jogos fora de casa, o último jogo que perdi foi na véspera da apresentação do TCC estava gripado e chovia muito, fiquei com medo de ir no jogo e não ter condições de apresentar o Trabalho.

Confira as três partes do Trabalho de Gabriel Garcia e Felipe Koerich

AVAÍ 1988: UMA CONQUISTA INESQUECÍVEL - Parte 1


AVAÍ 1988: UMA CONQUISTA INESQUECÍVEL - Parte 2


AVAÍ 1988: UMA CONQUISTA INESQUECÍVEL - Parte 3

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